quinta-feira, 28 de junho de 2012

Brincando se aprende






A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte e a expressão corporal - ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.

“Toda criança tem o direito ao descanso e ao lazer, e a participar de atividades de jogo e recreação, apropriadas à sua idade, e a participar livremente da vida cultural e das artes”. É isso o que afirma o artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da ONU (Organização das Nações Unidas). 
Brincar é tão importante para o desenvolvimento do ser humano que é previsto como direito indispensável da criança. É um assunto da maior seriedade que, constantemente, é menosprezado por adultos que não conseguem compreender o lugar que os jogos e as brincadeiras têm pelo simples motivo de não perceberem como eles são bons para um correto desenvolvimento cerebral, motor e mental desses pequenos. Jogos e brincadeiras preparam as crianças para o mundo e para o convívio em sociedade. Brincadeiras aparentemente inocentes contribuem com grandes segredos para a formação psicomotora das crianças e na transmissão de conceitos sociais como a tolerância, cidadania, etc. As brincadeiras com jogos exigirão um empenho extra do raciocínio promovendo um aumento de ligações neurais e aumentando a agilidade de pensamentos e a resposta cerebral geral. Da mesma forma, a inteligência, a memória, a capacidade de aprendizado e a intensidade com que se exercem as atividades sensoriais serão bem desenvolvidas através dessas inocentes brincadeiras. E é justamente aí que o acompanhamento, o incentivo e a supervisão dos pais devem ser usados e pensados de forma a não limitar as experiências, garantindo que dentro de uma margem de segurança aceitável as crianças experimentarão o maior número possível de oportunidades para diversão e brincadeiras sadias. A supervisão e qualquer limitação devem ser sugeridas ou impostas apenas quando as brincadeiras representarem risco a segurança das crianças ou corresponderem a comportamentos socialmente lamentáveis; como práticas racistas ou intolerantes em geral.
Assim a criança aprende como deve se manifestar e reagir aos estímulos negativos e a ameaças que, por ventura vier a sofrer. Enfim, ela aprenderá a importância e a “carga” envolvida em liderar outros indivíduos ou a ser liderada e ter que conviver com a autoridade de outro sobre si. Resumindo: É brincando que se aprende.
Nessa convivência em grupo, as crianças identificarão as diferenças que existem entre todos os seres humanos e compreenderão que, por mais rápidas, fortes e inteligentes que sejam; sempre haverá outro alguém capaz de vencê-las ou que, mesmo sendo inferior a elas em alguns pontos, as superam em inúmeros outros aspectos. Esse reconhecimento dos valores potenciais diferenciados de cada um representa a base fundamental sem a qual nenhum de nós conseguiria ser bem sucedido socialmente. A união entre jogos e brincadeiras é a forma mais prazerosa e uma das mais efetivas para ensinar algo para as crianças (e mesmo para adultos). Ao brincarem e relaxarem, as crianças se abrem para as novas idéias e conceitos mais facilmente. Assimilando com velocidade muito maior qualquer ensinamento do que se fossem ensinadas de “maneira conservadora” de forma imposta.
"As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo". Brincar é um direito de todas as crianças do mundo, garantido no Principio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF

A importância fundamental dos jogos e brincadeiras deve ser conhecida pelos pais, para que criem uma “mentalidade” onde eles sejam estimulados a contar histórias, incentivar jogos em equipe e qualquer outra brincadeira espontânea que seus filhos queiram exercitar com alegria e desprendimento. Isso sim promoverá um crescimento psicológico, social e motor livre de limitações da criança - 
Uma Criança Saudável é uma Criança Feliz.